quinta-feira, 10 de julho de 2008

O que seria uma sociedade justa?


A justiça é um conceito individual e pode ser definida de várias maneiras. Vou colocar duas, as que são mais comummente abordadas, uma é a igualdade material (salário, habitação, alimentação, educação, saúde) a outra é que todos tenham as mesmas chances.

Não acho errado o primeiro conceito, até gostaria de acreditar nele, o problema é que não imagino como seria feita a divisão das habitações, se todos quisessem morar perto da praia, ou perto do centro da cidade, não vejo como organizar e dividir tudo isso, entre outros problemas que não fazem parte do escopo desse texto.

Acredito que proporcionar oportunidades iguais para todos é o ideal, mas quem escolher as mais difíceis devem ganhar mais. Por exemplo, um grande amigo meu (Alexandre Wolthers) que tem dupla cidadania (Brasil e Dinamarca) recebe o equivalente a 2000 reais do governo da Dinamarca para estudar e as universidades são de graça (isso é para todos), o cidadão recebe para estudar, mas quem não quiser estudar não estuda e tem uma vida ótima (com todos os direitos sociais), mas provavelmente não terá a mesma condição financeira daquele que estuda e se dedica mais.

Quem se esforça mais? Um pedreiro ou um engenheiro civil? Não coloco a palavra “esforçar” no seu sentido físico, e sim como um esforço evolutivo, se esforçar para evoluir o país tanto cientificamente quanto socialmente, e esses que se dedicam aos estudos devem ser incentivados e por isso receberem um salário maior.

O que diferencia um pedreiro de um empresário? Os empresários tem habilidade em economia e administração, não é nem um pouco simples administrar um empresa, se fosse todos seriam ricos, então os que tem habilidade em montar uma empresa e exportar os produtos gerariam riqueza para o estado, pois os impostos cobrados pelos estado devem ser altíssimos, logo estes "pagariam" pelas condições sociais de todos os outros, então tem que ganhar mais pois é um incentivo para essas atitudes, proporcionando um crescimento do país. Se fosse um estado globalizado, o administrador da empresa estaria da mesma maneira tendo uma maior importância no pais pois seria responsável pela produção e distribuição de produtos essênciais para o convívio humano.

O Estado deve proporcionar oportunidades iguais para todos, mas e os indivíduos que são filhos de ricos tem mais probabilidade como resolver esse impasse? Uma solução seria abolir a herança, a outra seria olhar de outra maneira, na verdade os filhos dos ricos são de certa maneira um pedaço desses que desenvolveram a sociedade e serão ensinados por estes, se os filhos não forem capazes a empresa irá falir, pois os impostos serão altos.

E quanto as leis? Para resolver o problema das leis o ideal seria ter basicamente um estado administrativo, os Poderes: Legislativo e Executivo seriam exercidos por todos indivíduos dessa sociedade, seriam feitas votações onde todos os indivíduos poderiam participar. A criação de leis seria exercida por senadores eleitos pelo povo, mas estes só teriam como objetivo criar leis, estas seriam aprovadas ou não pelo povo.

Não tenho como pretensão dizer que esse é um sistema politico-economico perfeito, em grande parte ele é utópico devido que para esse ter sucesso não deveria haveria roubos por parte do Estado Administrativo, nem sonegação de impostos, sem contar que não resolve o problema do Poder Judiciário (acredito que este não tem solução).

4 comentários:

Grupo Saber Viver disse...

Acredito que em justiça, mas acho que seu pensament é um pouco romântico de mais!
http://gruposaberviver.blogspot.com/

Paula Moiana da Costa disse...

Eu vejo de outro modo, apesar de não considerar seu pensamento romântico...
Acho que não há motivos para o Engenheiro ganhar mais do que o pedreiro. Tudo bem que o Engenheiro estudou anos, e que seu trabalho não é fácil e exige responsabilidades. Mas o esforço físico do pedreiro é muito, muito, muito maior. Então, penso que seria justo ganharem igualmente. O incentivo para estudar e se tornar um Engenheiro seria fugir do trabalho braçal. Assim, os que preferissem o trabalho braçal não estudariam, Os que preferissem o trabalho intelectual, estudariam. Isso também tiraria a quantidade de profissionais desqualificados do mercado, já que o ensino superior não seria mais um pré-requisito para ter bons salários. Além disso, restringiria também o preconceito social.
Não sei se é uma idéia aplicável, porque muitos outros fatores devem ser analisados (como necessidade de mercado). Mas, no campo das idéias, me parece mais plausível.

Anónimo disse...

Não tem nada de romantico. (Aparece cada figura!! rsrs)

Eu sabia que o ponto fraco do texto estava ai, mas eu tive uma discussão com o Raphael uma vez sobre a importancia do engenheiro e o do pedreiro. Mas não estou achando o topico, eu escrevi tanta coisa lá... depois eu acho e coloco um texto falando sobre essa diferença...

helena cruz disse...

É interessante esse pensamento, mas acredito na necessidade de cada função, não há melhor ou pior todas são necessárias, portanto deveriam ser remuneradas pela sua importância. As profissões são como uma corrente e uma depende da outra, para formar o elo de ligação, O que seria do pedreiro se não existisse o fabricante do cimento?