Tradicionalmente, considera-se que a infidelidade seja uma característica masculina, e que as mulheres tendem à monogamia. Há, ainda, quem coloque que as mulheres "adúlteras" contrariam a sua própria natureza.
Existem justificativas de cunho biológico para essa afirmação primordialmente sexista:
Os homens podem fecundar várias mulheres ao mesmo tempo. As mulheres dispendem muito mais energia para a reprodução, já que precisam desenvolver a gravidez durante 9 meses, amamentar a criança e não têm como se isentar da responsabilidade pela criação, se quiserem garantir a sobrevivência da prole.
Já o homem pode se responsabilizar pela criação de filhos de mulheres diferentes. Isso é interessante biologicamente, porque, ao terem várias mulheres, os homens geram crianças com maior diversidade genética, otimizando as chances de seus genes serem fixados ao ambiente.
Enquanto isso, a mulher procura o parceiro ideal, em função do gasto energético. Ela seleciona o macho com as características que considera mais adequadas, e investe na possibilidade de que este parceiro será capaz de lhe dar uma prole com capacidade adaptativa.
O amor, no caso, seria uma maneira de manter o parceiro durante a criação dos filhos, e seria interessante para a mulher a partir do momento que terá auxílio nessa dura tarefa. Ao mesmo tempo, o amor seria consequência da escolha do parceiro ideal.
Entretanto, essa justificativa é unilateral.
Por mais que a mulher deseje segurança para esta prole, também deseja variabilidade. A diversidade genética é importante para a sobrevivência da espécie como um todo, não apenas de um dos sexos.
É interessante, também para a fêmea, que seus filhos tenham constituições genéticas as mais diferentes possíveis. Então, a mulher deseja constância e variabilidade. Conclusão? Por mais que a mulher tenha tendências à monogamia, também esta está "predisposta" ao adultério.
Ao mesmo tempo que a fêmea, no caso, seleciona os machos com as características que ela considera capazes de prover a maior adaptação ao meio possível, é interessante que a prole tenha genes variáveis entre sí. Ora, a "intenção" contida na reprodução é perpetuar seus próprios genes. Se toda a prole for homogênea, apesar de suficientemente adaptada ao meio, ela pode não resistir à qualquer alteração ambiental. Com a variabilidade, a fêmea procura garantias de que, mesmo que o ambiente mude, ao menos parte de sua prole terá chances de sobrevivência, conseguindo, assim, fixar seus próprios genes na população.
É claro que o gasto energético feminino para a reprodução é maior, e portanto, elas são mais seletivas. Mas o fato de serem seletivas não inclui a idéia de um macho apenas ser selecionado, mas os machos que ela considera interessantes para contribuírem para a tarefa.
Historicamente, podemos perceber que isto é verdade. A instituição da monogamia, e dos valores como virgindade, foi essencialmente masculina, com o objetivo de assegurar-se da paternidade dos filhos. Se a fidelidade feminina fosse algo inerente, estas "regras" não seriam necessárias.
A conclusão da idéia é que a monogamia estabelecida não é natural, do ponto de vista biológico. Além disso, do mesmo modo que a fidelidade é um "sacrifício" aos desejos inerentes ao homem, o mesmo ocorre com a mulher.
O ciúmes tem um viés cultural e instintivo, já que a própria posse os tem. O sentimento de posse tem um valor adaptativo, porque significa a apropriação de um território necessário para a sobrevivência. O território abrange o sustento (com tudo o que se relaciona a isso), o espaço e as opções escolhidas para a procriação. Se o território é invadido, estamos inseguros; nossa sobrevivência ou perpetuação gênica estão ameaçados. O invasor implica em dispender energia na concorrência, e pode significar a perda do território. A perda deste significa que teremos que buscar em outros lugares os meios necessários, entrando em competição. Ou seja, dispendendo energia e com o risco de não sermos bem sucedidos. O ciúmes é o sentimento contrário à invasão deste território, sentimento necessário para a preservação deste.
Existem justificativas de cunho biológico para essa afirmação primordialmente sexista:
Os homens podem fecundar várias mulheres ao mesmo tempo. As mulheres dispendem muito mais energia para a reprodução, já que precisam desenvolver a gravidez durante 9 meses, amamentar a criança e não têm como se isentar da responsabilidade pela criação, se quiserem garantir a sobrevivência da prole.
Já o homem pode se responsabilizar pela criação de filhos de mulheres diferentes. Isso é interessante biologicamente, porque, ao terem várias mulheres, os homens geram crianças com maior diversidade genética, otimizando as chances de seus genes serem fixados ao ambiente.
Enquanto isso, a mulher procura o parceiro ideal, em função do gasto energético. Ela seleciona o macho com as características que considera mais adequadas, e investe na possibilidade de que este parceiro será capaz de lhe dar uma prole com capacidade adaptativa.
O amor, no caso, seria uma maneira de manter o parceiro durante a criação dos filhos, e seria interessante para a mulher a partir do momento que terá auxílio nessa dura tarefa. Ao mesmo tempo, o amor seria consequência da escolha do parceiro ideal.
Entretanto, essa justificativa é unilateral.
Por mais que a mulher deseje segurança para esta prole, também deseja variabilidade. A diversidade genética é importante para a sobrevivência da espécie como um todo, não apenas de um dos sexos.
É interessante, também para a fêmea, que seus filhos tenham constituições genéticas as mais diferentes possíveis. Então, a mulher deseja constância e variabilidade. Conclusão? Por mais que a mulher tenha tendências à monogamia, também esta está "predisposta" ao adultério.
Ao mesmo tempo que a fêmea, no caso, seleciona os machos com as características que ela considera capazes de prover a maior adaptação ao meio possível, é interessante que a prole tenha genes variáveis entre sí. Ora, a "intenção" contida na reprodução é perpetuar seus próprios genes. Se toda a prole for homogênea, apesar de suficientemente adaptada ao meio, ela pode não resistir à qualquer alteração ambiental. Com a variabilidade, a fêmea procura garantias de que, mesmo que o ambiente mude, ao menos parte de sua prole terá chances de sobrevivência, conseguindo, assim, fixar seus próprios genes na população.
É claro que o gasto energético feminino para a reprodução é maior, e portanto, elas são mais seletivas. Mas o fato de serem seletivas não inclui a idéia de um macho apenas ser selecionado, mas os machos que ela considera interessantes para contribuírem para a tarefa.
Historicamente, podemos perceber que isto é verdade. A instituição da monogamia, e dos valores como virgindade, foi essencialmente masculina, com o objetivo de assegurar-se da paternidade dos filhos. Se a fidelidade feminina fosse algo inerente, estas "regras" não seriam necessárias.
A conclusão da idéia é que a monogamia estabelecida não é natural, do ponto de vista biológico. Além disso, do mesmo modo que a fidelidade é um "sacrifício" aos desejos inerentes ao homem, o mesmo ocorre com a mulher.
O ciúmes tem um viés cultural e instintivo, já que a própria posse os tem. O sentimento de posse tem um valor adaptativo, porque significa a apropriação de um território necessário para a sobrevivência. O território abrange o sustento (com tudo o que se relaciona a isso), o espaço e as opções escolhidas para a procriação. Se o território é invadido, estamos inseguros; nossa sobrevivência ou perpetuação gênica estão ameaçados. O invasor implica em dispender energia na concorrência, e pode significar a perda do território. A perda deste significa que teremos que buscar em outros lugares os meios necessários, entrando em competição. Ou seja, dispendendo energia e com o risco de não sermos bem sucedidos. O ciúmes é o sentimento contrário à invasão deste território, sentimento necessário para a preservação deste.
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