sexta-feira, 18 de julho de 2008

Anarquia, Tubos e Alegria

Meu grande amigo Kaio Lopes, me mandou um texto que ele fez para uma promação da Oakley, gostei muito e resolvi colocar aqui. Uma maneira pratica e eficiente para viver na anarquia e surfar ondas perfeitas, além de propor uma reflexão sobre "sustentabilidade" e modo de vida.

"Vim aqui para contar um segredo pra vocês... Descobri um pico perfeito! Alucinante!
O nome desse lugar é "Imaginetubes".

Aqui não tem crowd. Não há poluição. As pessoas se respeitam e vivem harmoniosamente. Tudo que se come aqui vem das plantações e tudo que se bebe é feito dos diversos frutos que aqui nascem. Carros aqui não existem! Todos se transportam caminhando ou de bicicleta. Mesmo porque, nesse local não se tem regras e horários, tudo aqui vem da vontade natural de pessoas com mente evoluída, afim de viver naturalmente, sem papéis e leis que comprovem suas palavras e honra. Nesse lugar faz sol por todo o dia. De noite, cai uma suave chuva. Tornando as noites mais frescas e agradáveis para nosso descanso e fazendo assim com que nossas plantações cresçam saudavelmente.

A praia é pequena e rodeada por matas naturais. Nelas habitam várias espécies de animais. Muitos deles foram extintos do planeta terra pela exploração humana, mas aqui eles vivem em paz!

Ah! Tudo é tão bom e tranqüilo que quase me esqueço de falar do principal... As ondas!

Direitas e esquerdas perfeitas quebram sobre uma rasa bancada de areia. As ondas aqui são muito longas! Cada série possui cerca de 10 ondas. Todas iguais!
O drop é suave. Você pode dropar para qualquer lado, elas nunca fecham! Logo depois, uma longa sessão de tubos intermináveis quebra sobre nossa cabeça. Na porta do tubo, só é possível ver uma linda paisagem à luz do sol. E chegando lá, as ondas se abrem indescritivelmente, proporcionando várias manobras. Todas que você souber fazer, é só fazer! O lip sempre está em pé, esperando para ser desenhado por nossas quilhas. Quando você sai da onda, é só remar em direção ao canal. Lá você só precisa relaxar e esperar que a corrente te coloque de volta no line-up. Depois disso, é só começar tudo de novo.

Bom, chegou a hora de contar pra vocês como se chega nesse lugar alucinante!
Todo dia, depois de uma longa jornada de trabalho no mundo real, eu faço uma queda nesse pico. É simples, rápido e barato de se ir. Qualquer um conseguiria!
Eu chego em casa, ligo uma música bem tranqüila, sento de uma forma bem relaxante e esqueço todos os problemas e acontecimentos desse mundo desordenado e estressante em que vivemos.

Logo, sem perceber, estou entubando e desenhando linhas nas longas e perfeitas ondas de “Imaginetubes”!

Um pico inédito! Uma trip perfeita! Onde infelizmente, da forma que estamos “cuidando” do nosso planeta, só nossa mente poderá nos levar!"

quarta-feira, 16 de julho de 2008

Monogamia

Tradicionalmente, considera-se que a infidelidade seja uma característica masculina, e que as mulheres tendem à monogamia. Há, ainda, quem coloque que as mulheres "adúlteras" contrariam a sua própria natureza.

Existem justificativas de cunho biológico para essa afirmação primordialmente sexista:

Os homens podem fecundar várias mulheres ao mesmo tempo. As mulheres dispendem muito mais energia para a reprodução, já que precisam desenvolver a gravidez durante 9 meses, amamentar a criança e não têm como se isentar da responsabilidade pela criação, se quiserem garantir a sobrevivência da prole.

Já o homem pode se responsabilizar pela criação de filhos de mulheres diferentes. Isso é interessante biologicamente, porque, ao terem várias mulheres, os homens geram crianças com maior diversidade genética, otimizando as chances de seus genes serem fixados ao ambiente.

Enquanto isso, a mulher procura o parceiro ideal, em função do gasto energético. Ela seleciona o macho com as características que considera mais adequadas, e investe na possibilidade de que este parceiro será capaz de lhe dar uma prole com capacidade adaptativa.

O amor, no caso, seria uma maneira de manter o parceiro durante a criação dos filhos, e seria interessante para a mulher a partir do momento que terá auxílio nessa dura tarefa. Ao mesmo tempo, o amor seria consequência da escolha do parceiro ideal.

Entretanto, essa justificativa é unilateral.

Por mais que a mulher deseje segurança para esta prole, também deseja variabilidade. A diversidade genética é importante para a sobrevivência da espécie como um todo, não apenas de um dos sexos.

É interessante, também para a fêmea, que seus filhos tenham constituições genéticas as mais diferentes possíveis. Então, a mulher deseja constância e variabilidade. Conclusão? Por mais que a mulher tenha tendências à monogamia, também esta está "predisposta" ao adultério.

Ao mesmo tempo que a fêmea, no caso, seleciona os machos com as características que ela considera capazes de prover a maior adaptação ao meio possível, é interessante que a prole tenha genes variáveis entre sí. Ora, a "intenção" contida na reprodução é perpetuar seus próprios genes. Se toda a prole for homogênea, apesar de suficientemente adaptada ao meio, ela pode não resistir à qualquer alteração ambiental. Com a variabilidade, a fêmea procura garantias de que, mesmo que o ambiente mude, ao menos parte de sua prole terá chances de sobrevivência, conseguindo, assim, fixar seus próprios genes na população.

É claro que o gasto energético feminino para a reprodução é maior, e portanto, elas são mais seletivas. Mas o fato de serem seletivas não inclui a idéia de um macho apenas ser selecionado, mas os machos que ela considera interessantes para contribuírem para a tarefa.

Historicamente, podemos perceber que isto é verdade. A instituição da monogamia, e dos valores como virgindade, foi essencialmente masculina, com o objetivo de assegurar-se da paternidade dos filhos. Se a fidelidade feminina fosse algo inerente, estas "regras" não seriam necessárias.

A conclusão da idéia é que a monogamia estabelecida não é natural, do ponto de vista biológico. Além disso, do mesmo modo que a fidelidade é um "sacrifício" aos desejos inerentes ao homem, o mesmo ocorre com a mulher.

O ciúmes tem um viés cultural e instintivo, já que a própria posse os tem. O sentimento de posse tem um valor adaptativo, porque significa a apropriação de um território necessário para a sobrevivência. O território abrange o sustento (com tudo o que se relaciona a isso), o espaço e as opções escolhidas para a procriação. Se o território é invadido, estamos inseguros; nossa sobrevivência ou perpetuação gênica estão ameaçados. O invasor implica em dispender energia na concorrência, e pode significar a perda do território. A perda deste significa que teremos que buscar em outros lugares os meios necessários, entrando em competição. Ou seja, dispendendo energia e com o risco de não sermos bem sucedidos. O ciúmes é o sentimento contrário à invasão deste território, sentimento necessário para a preservação deste.

domingo, 13 de julho de 2008

O Prazer pelos Objetos

Os objetos inicialmente foram criados para auxiliar, eram ferramentas, utensílios, não eram usados para decorar. Os adornos foram os primeiros objetos que tinham como escopo a decoração.

Os primeiros adornos foram ossos, dentes ou pedras exóticas, os individuos os usavam eram os que tinham habilidade de caçar e explorar o terreno e as mulheres que tinham prazer pelos adornos, os consideravam belos ou exoticos, se reproduziam com esses individuos transmitindo a habilidade de caça e o prazer pelos adornos para os seus filhos.

Aqui vemos uma diferença entre o belo (adaptado) e o exotico (desconhecido). Os adornos belos eram os dificieis de conseguir, mas eram conhecidos, como dentes de tigres, que eram uma especie de premio para o individuo, davam "status" na tribo. Os exoticos eram as pedras raras, percebemos a relação denovo entre o exotico e o mistico, pois os adornos mais exoticos eram utilizados como talismã protetores ou peças com "poderes especiais" que só podiam ser usados por determinadas pessoas, por aquelas que pertenciam a determinadas classes sociais.

Até hoje usamos adornos (colares, pulseiras, brincos, roupas) e esses influenciam no conceito de beleza. As diferentes formas ou desenhos dos adornos são ditados pelo meio, entende-se meio por aquele que voce conviveu e ditou os seus valores, não pelo senso comum. A beleza dos adornos são influenciadas também pelo material que os compoem, se vemos um colar de plástico pintado de prata acharemos esse mais feio que um colar de prata que tem a forma identica do outro.

Decoramos a nossa casa com objetos para nos sentir bem, achar que estamos num ambiente adaptado, da mesma maneira que nos vestimos de acordo com o que consideramos belo. Os desenhos e formas dos objetos, podemos até considerar aqui a arquitetura dos prédios e casas, são influenciados pela ciência, que ao fazer descobertas possibilita novas formas.

Existem objetos que são ferramentas ou utensilios, esses tem como escopo acelerar ou facilitar algum processo humano, não devem ser belos pois têm outro objetivo.

O Prazer pela Música

Os homens que apreciavam ou não certas frequencias sonoras sobreviviam e obviamente transmitiam o prazer ou o desgosto por essas frequencias. Os que tinham prazer ao ouvir o canto dos pássaros em geral, o barulho da água, do vento na vegetação, entre outros sobreviviam pois estes sons representam condições interessantes para a sobrevivência. Os pássaros, porque se eles estão presentes significam alimento e ausência temporária de predadores. A água e a vegetação, um local com recursos naturais necessários para a sobrevivência. Paralelamente, sons agudos lembram "choro", gritos, ganidos, ou seja, expressões de sofrimento, que foram associados a algo desagradável porque indicavam a existência de algum possível risco ao redor. Assim como o barulho do vento muito forte ou dos trovões que indicava tempestades.

Os homens começaram a fazer certos barulhos ao bater na coisas. Os barulhos que eram parecidos com os sons encontrados em ambientes ideais eram agradáveis e ao mesmo tempo exótico, pois eram de certa forma diferente e atiçavam a procura por novos barulhos, fazendo dessa maneira com que o homem descobrisse mais o ambiente e as coisas ao seu redor. Descobrindo novos sons e os misturando “nasceu” as musicas que eram usadas como um meio para se comunicar com os deuses, pois os sons eram exoticos (desconhecidos) e os deuses também.

A musica como um culto para os deuses foi uma forma de sair do mundo real e entrar no mundo mistico (evitando o stress), durante esses cultos ocorria danças, que eram apreciadas pois eram exercicios fisicos, brincadeiras, e proporcionavam uma maior ligação entre os membros da tribos, tanto eroticamente (aumentando a reprodução) como na forma de amizade (aumentando a união durante as batalhas).

Depois, mesmo com o advento das palavras, os sons continuaram evoluindo como uma linguagem paralela. Isso porque, com a evolução do cérebro e do conhecimento, as palavras não possibilitariam a comunicação de algo abstrato. Então, por um processo cultural, estes sons se transformaram na música como conhecemos, com toda a sua complexidade, já que proporcionam prazer ao ouvinte.

Percebemos que a musica hoje tem basicamente duas características importantes, pode ser usada para transmitir uma mensagem e/ou para dançar, sendo que é corolário as frequências serem agradáveis.

As frequências consideradas agradaveis variam de individuo para individuo, pois variam conforme o ambiente. Se voce crescer ouvindo um tipo de musica e considerar o ambiente que voce cresceu adequado (adaptado) voce irá gostar daquele tipo de musica. Um exemplo de explicar isso é perceber que conforme aumentou os barulhos nas cidades, as musicas consideradas barulhentas foram sendo aceitas como agradaveis.

O gosto por certo tipos de frequencias, conforme os exemplos que coloquei no primeiro paragráfo, foram herdados, mas o meio nos influencia, pois foi este que fez a seleção de certas frequencias que são comuns para todos nós.

sexta-feira, 11 de julho de 2008

Sobre Engenheiros e Pedreiros

Porque considero que um pedreiro tem menos importância na sociedade que um engenheiro? Conforme eu coloquei no texto: “O que seria uma sociedade justa?”, acredito que um engenheiro influencia mais a sociedade que um pedreiro.

Os engenheiros que evoluem a ciência da engenharia como um todo, os pedreiros são importantíssimos para fazer uma obra, mas se não fosse pelas mentes pensantes não existiria nem obra. Um exemplo:

Os construtores antigos perceberam que ao vencerem vãos com vigas de eixo retiliníeo (conforme nós fazemos hoje com a ajuda do aço), as pedras não suportavam as tensões de tração que apareciam na parte inferior da viga e rompiam.

Até que um engenheiro notou que se construíssem a parte inferior da viga em forma de arco (conforme muitas pontes hoje em dia) e cortassem as pedras de maneira que uma se encaixasse na outra, estas só sofreriam esforços de compressão e as pedras são bastante resistentes a esses esforços.

Ou seja, toda a arte das pontes romanas, das vigas em forma de arco. Quem tem mais mérito o cara que descobriu ou os pedreiros que à construiram? Eu acredito que foram quem desenvolveram. No quesito evolução da ciência e arte, os individuos que estudam tem maior importância.

Eu coloco o exemplo do engenheiro porque é a minha área, mas poderia se dizer o mesmo sobre qualquer outra, como medicina, quem é mais importante numa sociedade um médico ou um enfermeiro? Essa é a minha opinião, a maneira que eu vejo as coisa. Eu quis expor para deixar claro o porquê de eu dar mais valor a um do que ao outro.

quinta-feira, 10 de julho de 2008

O que seria uma sociedade justa?


A justiça é um conceito individual e pode ser definida de várias maneiras. Vou colocar duas, as que são mais comummente abordadas, uma é a igualdade material (salário, habitação, alimentação, educação, saúde) a outra é que todos tenham as mesmas chances.

Não acho errado o primeiro conceito, até gostaria de acreditar nele, o problema é que não imagino como seria feita a divisão das habitações, se todos quisessem morar perto da praia, ou perto do centro da cidade, não vejo como organizar e dividir tudo isso, entre outros problemas que não fazem parte do escopo desse texto.

Acredito que proporcionar oportunidades iguais para todos é o ideal, mas quem escolher as mais difíceis devem ganhar mais. Por exemplo, um grande amigo meu (Alexandre Wolthers) que tem dupla cidadania (Brasil e Dinamarca) recebe o equivalente a 2000 reais do governo da Dinamarca para estudar e as universidades são de graça (isso é para todos), o cidadão recebe para estudar, mas quem não quiser estudar não estuda e tem uma vida ótima (com todos os direitos sociais), mas provavelmente não terá a mesma condição financeira daquele que estuda e se dedica mais.

Quem se esforça mais? Um pedreiro ou um engenheiro civil? Não coloco a palavra “esforçar” no seu sentido físico, e sim como um esforço evolutivo, se esforçar para evoluir o país tanto cientificamente quanto socialmente, e esses que se dedicam aos estudos devem ser incentivados e por isso receberem um salário maior.

O que diferencia um pedreiro de um empresário? Os empresários tem habilidade em economia e administração, não é nem um pouco simples administrar um empresa, se fosse todos seriam ricos, então os que tem habilidade em montar uma empresa e exportar os produtos gerariam riqueza para o estado, pois os impostos cobrados pelos estado devem ser altíssimos, logo estes "pagariam" pelas condições sociais de todos os outros, então tem que ganhar mais pois é um incentivo para essas atitudes, proporcionando um crescimento do país. Se fosse um estado globalizado, o administrador da empresa estaria da mesma maneira tendo uma maior importância no pais pois seria responsável pela produção e distribuição de produtos essênciais para o convívio humano.

O Estado deve proporcionar oportunidades iguais para todos, mas e os indivíduos que são filhos de ricos tem mais probabilidade como resolver esse impasse? Uma solução seria abolir a herança, a outra seria olhar de outra maneira, na verdade os filhos dos ricos são de certa maneira um pedaço desses que desenvolveram a sociedade e serão ensinados por estes, se os filhos não forem capazes a empresa irá falir, pois os impostos serão altos.

E quanto as leis? Para resolver o problema das leis o ideal seria ter basicamente um estado administrativo, os Poderes: Legislativo e Executivo seriam exercidos por todos indivíduos dessa sociedade, seriam feitas votações onde todos os indivíduos poderiam participar. A criação de leis seria exercida por senadores eleitos pelo povo, mas estes só teriam como objetivo criar leis, estas seriam aprovadas ou não pelo povo.

Não tenho como pretensão dizer que esse é um sistema politico-economico perfeito, em grande parte ele é utópico devido que para esse ter sucesso não deveria haveria roubos por parte do Estado Administrativo, nem sonegação de impostos, sem contar que não resolve o problema do Poder Judiciário (acredito que este não tem solução).

segunda-feira, 7 de julho de 2008

O Prazer pela Arte


Para explicarmos o prazer pela arte temos de disseca-la, primeiro analisando-a quando foi usada nas primeiras vezes. Conforme podermos ver na figura acima as primeiras “obras de arte” foram bem simples. Porque o prazer pela arte foi algo que “nasceu” no animal ser humano e permaneceu?

De certa forma, os desenhos nas cavernas estão associados com o conceito de arte e linguagem ao mesmo tempo, toda a arte tem como fundo transmitir alguma mensagem, isso é explicito no cinema, teatro, quadros, músicas entre outros. Os que tinham prazer pela arte eram os que conseguiam desvendar o que o artista vivenciou e desenhou tendo assim um maior conhecimento sobre o mundo, ou seja, saber o que é um “bufalo” (minha interpretação do desenho) antes de se encontrar com ele, estar previnido. Os que tinham prazer em observar os desenhos tinham maior habilidade de aprender antes de se deparar com certa situações aumentando as chances de sobrevivência e transmitindo essas características para os seus filhos.

Mas arte não se trata apenas de linguagem. A arte tem também um outro escopo, seu objetivo é criar um mundo místico, um mundo fora da realidade crua, da realidade cruel, dessa maneira diminuindo o estresse do mundo real ao “mandar” o individuo para um mundo místico, junto com a arte a invenção de certas respostas para o que o ser humano consideradava exotico (sol, lua, chuva) dessa maneira nascendo a religião. Quem tinha prazer pela arte conseguia transcender o mundo cruel e se livrar do estresse. Percebemos que o desenho até hoje é usado para criar super-hérois, as esculturas fazem “santos”, a arte (música, novelas e outros) no Brasil por exemplo, faz com que o povo esqueça o que realmente acontece no pais, a arte que dá energia e força para os pobres desse país cruel. Quem tinha prazer pelo místico conseguia se livrar do estresse e lidar com mais calma e mais alegria, sendo mais sucedidos na caça e nos relacionamentos pessoais.

Percebemos que a arte foi essencial para o homem, primeiramente um tipo de linguagem primária, mas evoluindo e criando um mundo místico, onde o homem transcende e esquece dos problemas reais.

sábado, 5 de julho de 2008

O Prazer pelo Exótico

Primeiro vamos definir exótico. Exótico é algo diferente, desconhecido que atiça a nossa curiosidade, que nos atrai. O exótico é individual, pois o diferente, desconhecido é individual. Conforme eu coloquei no texto: “Paisagens: Exótico X Belo” o exótico nos dá prazer, mas porque? Porque temos curiosidade (desejo de saber, de ver, de conhecer, de se instruir;)?

Os bebes tem maior curiosidade porque eles conhecem menos que os adultos e quando vêem algo que considerem exótico, tem vontade, desejo de conhecer. Pode ser um objeto por exemplo, principalmente se estamos mexendo com ele, a criança chora até conseguir pegar no objeto e o analisar.

Conforme vamos crescendo vamos perdendo a curiosidade, pois vamos conhecendo as coisas. (Eu por exemplo não perdi muita a minha, tenho a incrível loucura de querer saber o motivo de tudo.) E as “coisas” vão deixando de ser exóticas e passam a ser normais.

Mas ainda não respondi a pergunta! A resposta ficou simples agora: Os “homos” que sentiam prazer no exótico, eram os que faziam novas descobertas e procuravam descobrir as coisas, logo tinham maior chance de sobreviver e reproduzir o “prazer pelo exótico” para suas crias.

Por isso que temos prazer ao ver um por ou nascer do sol, são nessas horas que o sol fica na nossa direção e mais longe da terra (os raios solares são mais fracos). É no crepúsculo do sol que temos a oportunidade de o olhar e temos prazer nisso, pois ele tem seu lado exótico, pois por mais que o vemos todos os dias e sabemos o que é o sol ainda temos curiosidade, pois associamos o sol ao cosmo. Antigamente quando não o “conheciam” ele era um Deus. Pode se dizer o mesmo para uma noite estrelada, uma aurora boreal entre outros.

Peço que analisem as fotos. Vocês notam uma diferença entre os dois pôr-do-sol que coloco aqui em baixo? Entre o céu estrelado e a aurora boreal? Quando mais diferente, desconhecido não é maior a atracão, o prazer?



Paisagens: Belo x Exótico


Qual a diferença entre o exótico e o belo? E porque o exótico nos atrai e nos dá prazer também? As respostas serão essenciais para afirmar o conceito de belo que proponho. Dêem uma olhada nas duas fotos acima, veja se vocês conseguem perceber alguma diferença.

A foto da praia por exemplo, porque a achamos bonita? Essa resposta é simples, quando vemos a foto nos sentimos atraídos por ela, assim como o inseto se sente atraído pela flor, isso acontece porque o cérebro interpreta a foto como um lugar ideal para se viver.

Quero colocar algo que futuramente será explicado, mas é essencial para entender a diferença entre o belo e o exótico: “Tudo que é belo nos dá prazer, pois o que é belo é “bem adaptado” e o prazer em ver algo “bem adaptado” nos faz escolhe-lo, logo o "prazer pelo belo" é apenas um mecanismo para escolhermos o "bem adaptado".

Porque achamos a foto da Antartica bonita? Na verdade não é isso que acontece, sentimos prazer em ve-la também, mas não porque a achamos bela e sim porque a achamos exótica, diferente, e temos curiosidade em conhece-la. Esse fator foi essencial para a convivência dos seres humanos, se isso não acontecesse todos viveriam em lugares quentes perto das praias ou dos rios, não existiriam vikings, nem esquimós. O prazer em descobrir novos lugares foi essencial para diminuir a concorrência pelo nicho e impulsionar um deslocamento humano.

Pode ocorrer de algumas pessoas não se sentirem atraídas pela praia, mas isso só irá acontecer se ela já tiver ido à alguma praia e não tiver gostado, dessa maneira o consciente diz que lá não é legal, logo não é bonito. Pode acontecer também de algumas pessoas não terem a curiosidade aguçada e não se sentirem atraídas pela montanha com neve, mas esses seriam casos isolados e não condizeriam com a condição humana como um todo.

Percebemos que existe uma ligeira diferença entre o exótico e o belo e que é essencial para conseguirmos analisar o valor adaptativo da beleza.

sexta-feira, 4 de julho de 2008

Sustentabilidade Na Construção Civil

Escrevi um artigo sobre "sustentabilidade" para o SHEWC´08 (Safety, Health and Environmental World Congress 2008)

Resumo:

Diante dos problemas ambientais que estamos vivenciando, se faz necessária a implementação de recursos sustentáveis, principalmente na área da construção civil, uma vez que estes fazem parte do cotidiano de todos nós. Mudanças no clima, na atmosfera e no ecossistema são apenas reflexos da grande quantidade de CO2 que os produtos da indústria civil emitem para suprir uma população que a cada dia que passa cresce, aumentando o impacto na natureza, sendo necessária a criação de leis e multas impostas pelo governo acerca da implementação do uso de materiais e construção sustentáveis. São inúmeras as estratégias para implantarmos tal projeto, porem a população deve se conscientizar dos danos irreversíveis que causamos na natureza, promovendo assim o destruimento da humanidade.

Download do Artigo Completo: "Sustentabilidade na Construção Civil"

Sobre a Flor e a Barata


Porque achamos que a flor é bela e a barata feia? Essa é uma pergunta fácil de responder, mas o que está atrás da resposta que é importante, uma espécie de complementação do artigo sobre a beleza.

Não sei se os leitores perceberam mas eu gosto de responder certos tipos de perguntas com base na teoria de evolução de Charles Darwin. É de conhecimento de todos que a flor é um órgão encontrado em certos tipos de planta e a sua função é a reprodução. Algumas flores precisam dos insetos para espalhar os polens, então elas tem que ser belas, ou seja, atrair os insetos para a reprodução ser bem sucedida. As flores que eram belas eram as que atraiam os insetos se reproduzindo mais e transmitindo essas caracteríticas.

Se usarmos o mesmo raciocínio é fácil deduzir porque as baratas são feias. Quem gosta de uma barata no pescoço (meus amigos vão dar risada, rsrs)? Mas é verdade a barata é feia, pois as que eram feias tinham maior chance de sobrevivência transmitindo essas características.

Percebemos que os nossos conceitos de feio e belo não são algo que “escolhemos”, mas que foram ditados pela natureza. Ou alguém acha uma barata bonita e uma flor feia?

quinta-feira, 3 de julho de 2008

Relações entre a mulher e o homem contemporâneo

Sempre quando se fala em relações sociais entre o homem e a mulher gosto de salientar as duas grandes diferenças biológicas-físicas entre os sexos: a gravidez e a inferioridade física da mulher. Na atualidade a primeira diferença é a que realmente influencia nessas relações, a segunda grande diferença já teve sua importância em outra época. A mulher atual é fruto do espaço que esta ganhou no mercado de trabalho (esse assunto será tratado futuramente em outro artigo). O que coloco: Como a gravidez influencia nas relações e quais foram as consequências da “nova mulher”?

Para responder a primeira questão devemos refletir sobre a razão do pai ainda liberar mais o filho e prender a filha? A resposta é a primeira diferença biologica-física, a mulher é que fica enjoada, com barrigão, que amamenta e outros fatores, se o filho engravidar uma menina o pai terá menos responsabilidade do que se sua filha ficar grávida. E a mulher contribui com isso, na grande maioria dos divórcios a mulher que fica com a guarda dos filhos e coloca o peso todo nas suas costas tirando o peso do homem, que se sente menos responsável pelo filho.

Ao mesmo tempo que observamos a mulher ganhar cada vez mais poder no mercado do trabalho vemos também um novo conceito de mulher: antes ela era “delicada”, devia ser tratada com cavalheirismo, hoje ela é vista como um objeto sexual. A independência da mulher, os preservativos e o fato da mulher não precisar mais ser virgem para casar, todos esses fatores dão à ela o direito de poder fazer o sexo casual, mas ela não percebe como isso afeta o seu conceito perante o homem, a mulher que era a “princesa frágil”, passa a ser parte de um acordo descartável, de uma noite, o que antes era feito apenas entre um homem e uma prostituta, hoje não envolve dinheiro, o sexo casual tem um novo escopo: o prazer mútuo.

As mulheres reclamam: “Não se fazem mais homens como antigamente”, mas isso é porque a mulher não é a mesma, ela socialmente é completamente diferente, mas biologicamente as características persistem fazendo o pai “prender” mais a menina do que o menino. Como diz Newton: “Toda ação tem uma reação”.