sábado, 28 de junho de 2008

Mídia

Libertadora ou Massificadora? O que nós vemos é que quando a midia é censurada aparece uma grande massa da população exigindo a famosa liberdade de expressão e quando ela está livre o que ouvimos é que as pessoas são influenciadas pela midia, mas isso nos dá a impressão de que existe um ser superinteligente por trás da midia que está dominando todos.

Os meios de comunicação (midia) são basicamente os canais de tv, as estações de rádios, a internet, os jornais, as revistas, os filmes, as peças de teatro entre outros. Todos são compostos por seres humanos comuns e que usam seus valores de certo e errado e que de certa maneira acabam influenciando em todos que leêm.

A midia é formada por você, por mim, por todos. Por exemplo, se voce fizer um blog na internet e aquilo que voce colocar for de interresse público este vai crescer, pode se transformar num grande web site, quem sabe até virar uma revista virtual e depois ir para a tv e cada vez influenciar mais o povo, mas isso porque o povo o escolheu. (Diferente do meu blog, que ninguem comenta, rs, cheguei a conclusão que as minha idéias são uma porcaria).

Quando havia a censura, tudo que ia a favor do governo era realmente divulgado, logo o que ia contra era censurado. Criando dessa maneira uma midia que defendia apenas os ideais governamentais.

Hoje em dia diferentemente, temos inúmeras abordagens sobre o mesmo assunto ou acontecimento, porém é impossível não colocarmos a nossa opinião de alguma maneira, pois nós seres humanos somos tendenciosos. Hoje com a internet e inumeros meios de divulgação temos diferentes opinioes, que na verdade podem ser escolhida por qualquer individuo da sociedade, as que tem maior ibope são as preferidas da população. Não consigo enxergar de outra maneira, ninguem é obrigado a sentar no sofa e assistir tv ou ler as notícias em um jornal, as pessoas procuram as noticias e as abordagens que as agradam.

Os meios de comunicação se sustentam através das propagandas. Quem são os donos das propagandas a não ser nós? Ou seja, para voce poder vender o seu produto ou serviço é necessário divulga-lo e a melhor maneira são os meios de comunicação, podemos usar qualquer um deles. Logo, os ideais consumistas são propagados por nós, individuos em uma sociedade consumista.

Ao se fazer uma propaganda sobre algo que voce deseja vender (produto, serviço) de certa maneira estará contribuindo para com o ideal consumista, juntando todas as propagandas que na verdade vem de individuos completamente diferentes e não apenas de um “explorador”, ou seja, os ideiais consumistas são divulgados por nós, somos nós que queremos que nós sejamos consumistas, pois fazemos propaganda.
"O povo influencia a mídia"

3 comentários:

Anónimo disse...

Concordo, tambem acredito que somos nós mesmos que propagamos os ideais consumistas. Nos fazemos a midia e usamos ela da maneira que bem entendemos.....no caso usamos ela para sermos cada vez mais consumistas.

Unknown disse...

Caio,
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Bem legal o texto que vc deixou no seu blog. Gostei muito do problema apontado por vc logo no primeiro parágrafo:
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"Libertadora ou Massificadora? O que nós vemos é que quando a midia é censurada aparece uma grande massa da população exigindo a famosa liberdade de expressão e quando ela está livre o que ouvimos é que as pessoas são influenciadas pela midia (...)"

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A princípio o que penso sobre esse paradoxo é que a sensação de manipulação na forma como é narrada a realidade é a mesma tanto na censura quanto na liberdade de imprensa. Quando não há liberdade de imprensa temos a sensação de que somos privados de conhecermos a realidade sombria e ilícita que deve ser mantida escondida. Quando há a liberdade de imprensa temos a sensação de estarmos sendo enganados, de que nossa opinião está sendo manipulada. Creio haver um deslocamento da ideologia. No primeiro caso, temos a sensação de viver num mundo de ilusões, porque não temos como saber do acontecimento mesmo. No segundo caso, temos a impressão de ter acesso à realidade, mas o efeito ideológico se situa não mais no nível do conteúdo, cujo acesso torna-se liberado, mas antes a ideologia se situa no próprio olhar da imprensa. Temos a sensação de que vivemos num mundo de ilusões não porque não se mostre a realidade mesma, mas porque vemos a realidade segundo a ótica da imprensa.
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Um filme como Tropa de Elite ilustra bem esse ponto. A proposta dele é ser o mais realista possível: mostrar a corrupção da polícia, a desordem de órgãos públicos, o desrespeitos a direitos humanos etc. A realidade é exposta cruamente tal como acontece. Mas o que não é mostrado é a perspectiva segundo a qual é retratado o acontecimento. O expectador primeiro deve se identificar com o personagem de Vagner Moura, que narra o filme. Depois que o expectador se identificou com o olhar do personagem, seja através de sua vida humilde de restrições materiais, de sua rigorosa dedicação à corporação policial, a própria realidade passa a adquirir consistência a partir desse olhar. A mídia não fala de uma realidade anterior. Mas antes, o olhar da imprensa é que dá consistência à realidade transmitida. O que existe entre o expectador e a realidade divulgada pela notícia é o próprio olhar da mídia. O que vemos é que a própria realidade deve se adaptar, se ajustar a esse olhar da mídia. Uma propaganda publicitária, por exemplo, não se destina a mostrar as vantagens do produto conforme uma necessidade prévia do consumidor, mas antes ela propõe uma perspectiva sobre o produto que o torne desejável, uma perspectiva pela qual o próprio real deve se ajustar. A mídia não é um veículo que leva informações, mas um olhar com constitui a realidade mesma.

Anónimo disse...

Também gostei do texto. Eu,de alguns anos prá cá, tornei-me bem menos ouvinte, leitor e telespectador da mídia. Não sei como, mas aprendi a desligar minha atenção automàticamente das coisas que me farão sentir enganado. Tornei-me raro consumista e as vezes me acho um pouco louco por conta de alguns procedimentos radicais que executo em meu dia a dia. Um deles é não largar o contrôle da tv fora de meu alcance para que eu seja "the Flash" em evitar toda e qualquer propaganda, todo e qualquer programa que que tenta induzir ao que assiste. Eu poderia acfescentar outros procedimentos, mas ficará prá uma próxima vez. Parabéns